Pela terceira vez, Justiça adia julgamento de PMs envolvidos na 'Chacina do Grande Vitória'

Pela terceira vez, Justiça adia julgamento de PMs envolvidos na 'Chacina do Grande Vitória'


Familiares das vítimas pedem justiça (Foto: Junio Matos)

Familiares das vítimas pedem justiça (Foto: Junio Matos)

O julgamento dos policiais militares José Fabiano Alves da Silva, Edson Ribeiro da Costa, Ronaldo Cortez da Costa, Eldeson Alves de Moura, Cleydson Enéas Dantas, Denilson de Lima Corrêa e Isaac Loureiro da Silva que deveria acontecer nesta segunda-feira (29) foi adiado para o dia 1º de abril.

É a terceira vez que o julgamento dos policiais réus da do caso que ficou conhecida como a “Chacina do Grande Vitória” é adiado. Desta vez, a falta de um promotor de justiça para atuar no caso foi o motivo do adiamento. 

Os pliciais serão julgados pelo desaparecimento de Alex Júlio Roque de Melo, de 25, Ewerton Marinho, 20, e Rita de Cássia, 19, que sumiram no dia 29 de outubro de 2016, após serem abordados por policiais militares no Grande Vitória, enquanto voltavam de uma festa.

A decisão causou revolta nos familiares das vítimas, que em frente ao fórum Henoch Reis fizeram manifestação com cartazes e gritos pedindo Justiça e a condenação dos réus.

A diarista Arlete Roque, 54, mãe de Alex não escondeu a revolta. De acordo a mulher, o promotor que estava atuando no caso pediu férias dois dias antes do julgamento. “Queremos justiça. Chegamos aqui, gastamos dinheiro e não nos deixaram entrar”, disse Arlete.

 A juíza que está atuando no processo Patrícia Macedo de Campos, da 3.ª Vara do, informou que, a pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), o julgamento da Ação Penal n.º 0246607-43.2016.8.04.0001, que estava marcado para esta segunda-feira (29) foi adiado.

De acordo com nota do TJAM, o Procurador Geral de Justiça Alberto Rodrigues Nascimento Junior na sexta-feira (26/01), às 15h36, e acostado nos autos no início da manhã desta segunda-feira (29), o MP alega a impossibilidade momentânea de designar um promotor para atuar na Sessão pautada para a data de hoje. 

Ao abrir a Sessão e comunicar a razão do adiantamento, a magistrada informou que o julgamento foi remarcado para 01/04/2024, data esta, frisou a magistrada, acordada com o Ministério Público.

Evidências apontam os policiais como autores do desaparecimento. Imagens de câmeras de vigilância da área registraram o momento que os policiais mandaram o trio entrar na viatura da PM. Desde então, Alex.Ewerton e Rita de Cássia, nunca mais foram vistos.

As vítimas voltavam de um pagode no São José, Weverton pilotava a moto quando houve a abordagem. Segundo a esposa dele. 

Em dezembro de 2016, a Polícia Civil do Amazonas concluiu o inquérito e após encontrar material genético das vítimas, apontou que o trio foi morto e confirmou o envolvimento dos policiais no caso. Passados sete anos após o crime, os corpos das vítimas não foram encontrados.


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