Seca derrubou arrecadação do Amazonas em meio bilhão, diz Wilson Lima

Seca derrubou arrecadação do Amazonas em meio bilhão, diz Wilson Lima



prejuízo

Segundo o Governador do Estado, o dado se refere ao período entre outubro de 2023 e janeiro deste ano

Governador do Amazonas, Wilson Lima concedeu entrevista nesta sexta-feira (Foto: Reprodução)

Governador do Amazonas, Wilson Lima concedeu entrevista nesta sexta-feira (Foto: Reprodução)

Em entrevista a um canal de televisão, nesta sexta-feira (19), o governador Wilson Lima (União) revelou que o Amazonas deixou de arrecadar cerca de R$ 500 milhões em decorrência da seca histórica que afetou o estado. Segundo ele, o dado se refere ao período entre outubro de 2023 e janeiro deste ano.

"Foi um episódio o qual nunca havíamos vivenciado. A estiagem impediu a chegada de navios com insumos para a Zona Franca de Manaus e isso nos trouxe um problema muito grande. Houve um efeito dominó", afirmou o gestor à Globo News.

Lima destacou que os níveis dos rios já são considerados normais e que adotou medidas para minimizar tais consequências da seca ainda neste ano.

"Nunca os navios ficaram impedidos de chegar ao Porto de Manaus e ano passado passamos por isso. Conversei recentemente com o vice-presidente para iniciarmos o processo de dragagem já em maio, identificando os pontos mais desafiadores, principalmente no rio Amazonas, onde há maior movimentação de navios cargueiros", explicou.

Wilson também adiantou que pretende iniciar a dragagem dos rios em áreas com “estrangulamentos” - trechos que formam bancos de areia - mais acentuados para reduzir o impacto no escoamento da produção da indústria do estado.

“Rios como o Amazonas são novos, em formação, e não sabemos em que ponto exatamente o rio vai ‘estrangular’, onde o navio ou embarcação vai encalhar. Então, é preciso que a gente fique monitorando e comece o mais rápido possível esse trabalho de desobstrução desse canal preferencial de navegação”, finalizou.

 Em outubro de 2023, o Rio Negro alcançou a marca de 13,59 metros, que consolidou a marca da pior seca histórica. De acordo com especialistas, o El Niño - que impulsionou a estiagem - deve alcançar a máxima magnitude até fevereiro deste ano, fator que provoca atraso do início das chuvas, e por consequência, reduzindo o tempo de recuperação dos rios até a próxima seca no fim do ano.


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