Em 2010, a capital tinha 1.009.636 apartamentos e, em 2022, a quantidade subiu para 1.435.984, ou seja, 426.348 mil novas unidades de apartamentos ocupadas em relação a 2010.
Além dos tipos de domicílios, também foram divulgados dados sobre:
- Acesso a rede de esgoto;
- Existência e quantidade de banheiros nas moradias;
- Acesso a água e forma de abastecimento;
- Coleta de lixo.
Para a análise, foram considerados apenas os imóveis particulares e permanentes ocupados. Ou seja, casas desocupadas, improvisadas ou de moradia coletiva, como presídios, hotéis, pensões, asilos ou orfanatos, não entram na conta.
- Para comparação, a quantidade de apartamentos existentes na capital em 2022 era suficiente para compor 1.237 Edifícios Copan, icônico prédio da arquitetura brasileira que possui 1.600 apartamentos.
- O número de pessoas que vivem em apartamentos na capital também é equivalente à população de 1.095 cidades brasileiras somada.
Censo IBGE 2022 — Foto: Arte g1
Com o aumento de apartamentos, cresce também o número de moradores nesse tipo de imóvel: em 2010, eram 2.646.802 de residentes. Em 2022, chegou a 3.349.996 de pessoas.
A capital paulista tem muitos prédios, mas casas ainda são predominantes. De acordo com o Censo, 68,1% da população vive em casas e 29,4% em apartamentos.
Em 2022, o número de casas na capital, sem considerar vilas, era de 2.764.750.
- Em 2010, eram 2.470.248 casas;
- Em 12 anos, a capital ganhou 294.502 casas.
Edifício Copan, no Centro de SP, é ponto principal de gangue de bicicletas que rouba celulares — Foto: Reprodução/TV Globo
Cidades em que apartamentos predominam
Três cidades brasileiras têm apartamentos como moradia predominante em relação a qualquer outro tipo de domicílio:
- Santos (SP), com 67,1% de apartamentos;
- Balneário Camboriú (SC), com 63,3% de apartamentos;
- São Caetano do Sul (SP), com 52,5% de apartamentos.
Juntos, esses três municípios têm 181.684 apartamentos e 105.701 domicílios de outros tipos. Em todos os outros municípios do país, casas são predominantes.
Censo IBGE 2022 — Foto: Arte g1
No Brasil, mais de 25 milhões de pessoas vivem em apartamentos, o que representa 12,5% da população do país.
- De 2000 até 2010, a quantidade de moradores em apartamentos tinha passado de 7,6% para 8,5%. Em 2022, chegou a 12,5%, representando um aumento de 4 pontos percentuais nos últimos 12 anos.
- Entre as regiões, o Sudeste é onde mais pessoas vivem em apartamentos, com 16,7% da população, já o Norte, é a região com menos pessoas nessa condição, com 5,2% da população.
No total, são 10.767.414 unidades de apartamentos com 25.278.572 de moradores.
Casas ainda são maioria no país
Segundo o Censo, 84,8% da população ainda mora em casas. Foram visitados 59,6 milhões de domicílios deste tipo ocupados, nos quais residiam 171,3 milhões de pessoas.
O Piauí é o estado com a maior proporção de casas: 95,6%.
Além dos apartamentos e das casas:
- 2,4% da população vive em casas de vilas ou condomínios;
- 0,2% em cômodos ou cortiços;
- 0,03% em habitação indígena sem parede ou maloca;
- 0,04% em estrutura residencial permanente degradada ou inacabada.
Censo
O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.
Nesta edição, a pesquisa levantou as características dos tipos de domicílio (casa, apartamento etc), forma de abastecimento de água, existência de canalização de água, existência de banheiro e sanitário, tipo de esgotamento sanitário, destino do lixo e perfil dos moradores.
Pretos e pardos são 69% dos que vivem sem esgoto adequado, segundo Censo 2022
As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que:
- O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais;
- O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;
- 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;
- O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;
- Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.
- Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos.
- Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo.
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