Entre os 13 sobreviventes, cinco permaneceram em observação

© CBM-SC/Divulgação - Felipe Pontes - repórter da Agência Brasil
Porto Velho, RO - O delegado-geral Ulisses Gabriel, chefe da Polícia Civil de Santa Catarina, confirmou que três pessoas que estavam no balão que caiu na Praia Grande (SC) foram encontradas abraçadas e carbonizadas ainda dentro do cesto da aeronave. Ao todo, o acidente deixou oito mortos, enquanto 13 sobreviveram.


“Dói na alma a cena de três pessoas morrendo abraçadas”, lamentou Gabriel, em uma publicação na rede social X.
Mais cedo, o delegado contou parte da dinâmica do acidente relatada à Polícia Civil pelo piloto do balão, que sobreviveu.
Conforme as informações preliminares, em meio ao princípio de incêndio no cesto, o balão desceu até perto do chão, quando 13 pessoas conseguiram desembarcar. Antes que as outras oito saíssem também, a banda voltou a subir de repente. Quem não conseguiu sair morreu com os danos causados pelo fogo ou pela queda, ao saltar para fugir das chamas.
“O piloto e outras 12 pessoas saíram do balão, mas outras pessoas não saíram, e, novamente, o balão acaba subindo involuntariamente”, disse Gabriel à Rádio CBN. "A partir daí, quando ele [o balão] está numa certa altura, algumas pessoas acabam pulando esse balão. Três pessoas não pularam e acabaram morrendo abraçadas".
As 13 pessoas que sobreviveram foram levadas a um hospital de Praia Grande, sendo que cinco permaneceram em observação, de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.
Vídeos publicados nas redes sociais por testemunhas do acidente mostram o momento em que alguns passageiros saltaram do balão, antes de ele depencar em chamadas.
O local em que o balão caiu, próximo a um posto de saúde em uma área rural de Praia Grande, segue sob perícia. Segundo informações preliminares da Polícia Civil, o acidente pode ter relação com um maçarico utilizado para iniciar a chama do tanque que esquenta o ar do balão.
Luto
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, publicou nota afirmando que "estamos todos consternados com essa tragédia. As equipes seguem prestando todo o apoio necessário às famílias".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também publicou nota oficial, lamentando as mortes e colocando o governo federal à disposição das autoridades estaduais e municipais.
Em nota, a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) lamentou o acidente e disse cooperar com as autoridades na investigação de esclarecimento dos acontecimentos. “Neste momento de dor, nos colocamos à disposição das autoridades competentes para colaborar, dentro dos limites estatutários de nossa atuação, com qualquer informação técnica ou suporte que possa contribuir com os desdobramentos e investigações convenientes”, diz o texto.
A entidade esclareceu que tem como objetivo fomentar a prática esportiva do balonismo, mas não tem competência para regular ou fiscalizar passeios turísticos em balões de ar quente.
"Neste momento delicado, nos unimos em respeito e sentimento às famílias enlutadas. Que encontrem força para atravessar este momento irreparável. Seguiremos atentos aos desdobramentos do caso e disponíveis para apoiar no que estiverem ao nosso alcance, dentro das atribuições que nos cabem legalmente", diz o texto assinado por Johny Alvarez, presidente da confederação.
O município de Praia Grande, em Santa Catarina, é um dos principais destinos para quem busca passeios turísticos em balões, devido às condições geográficas e consequências significativas e à proximidade de cânions de grande beleza cênica. Na região ficam os parques nacionais de Aparados da Serra e da Serra Geral. A cidade vizinha de Torres (RS) é reconhecida como a capital brasileira do balonismo.
Fonte: AG/BR
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