Crise do lixo em Porto Velho: vereadora Sofia Andrade cobra rescisão de contrato e vereadores apontam risco à saúde pública

Crise do lixo em Porto Velho: vereadora Sofia Andrade cobra rescisão de contrato e vereadores apontam risco à saúde pública

 

Em discurso na Câmara, Sofia Andrade (PL) critica empresa de coleta, pede critérios claros e defende rompimento contratual; apartes de Pedro Geovar, Dr. Macário, Fernando Silva, Márcio Pacele e Zé Paroca reforçam alerta sanitário e solicitam posicionamento oficial da Casa

Porto Velho, RO - A vereadora Sofia Andrade (PL) fez duro pronunciamento sobre a crise da coleta de lixo na capital. Ela afirmou que votou pela manutenção do contrato anterior, que “prestava um serviço bem executado”, e criticou a empresa atual por “não ter capacidade” de cumprir o que assumiu, deixando a cidade “encorcailhada”. Sofia pediu que a Prefeitura aplique multas e avalie a rescisão contratual, além de adotar critérios transparentes para a regularização dos bairros e distritos.

Destaques do discurso de Sofia Andrade (PL)

  • Serviço precário: “Limpeza pontual em poucas ruas não é cumprir nem metade do serviço.” Ela relatou acúmulo de lixo inclusive próximo a unidade de saúde e desassistência de distritos.
  • Capacidade operacional: “A empresa assumiu sem preparo e sem servidores suficientes.” Sofia questionou por que uma prestadora “sem condição” insistiu em assumir um contrato bilionário.
  • Medidas urgentes: defendeu multa, definição de critérios de atendimento e possibilidade de rescisão contratual se o serviço não for cumprido.
  • Igualdade no atendimento: alertou que bairros mais pobres são os mais prejudicados e pediu atenção imediata do Executivo.

Apartes — o que disse cada vereador

Dr. Macário (José Iraci Macário de Barros): “Lixo é questão de saúde pública.” Alertou para risco de surtos (leptospirose, hepatite) e avaliou que há base para quebra de contrato, com justificativas robustas.

Fernando Silva: relatou vídeos de moradores de São Carlos e distritos da Baixa Madeira com lixeiras abarrotadas e lixo no chão. “Criamos comissão e atestamos a incapacidade da empresa.”


Pedro Geovar: criticou a contratação emergencial de diaristas. “Contrato bilionário não se toca com diária. É fundo de quintal.” Disse que, se nada mudar, vai recolher lixo simbolicamente após a sessão para pressionar solução.

Vereador que citou “tragédia anunciada” (apoio a Sofia): lembrou pesquisas de satisfação com a antiga empresa (acima de 95%) e disse que, desde 3 de outubro, a cidade vive mais de um mês de caos. Mencionou histórico negativo da atual empresa em Rio Branco e pediu investigação.

Márcio Pacele: reforçou o caráter sanitário da crise e citou redução de frequência na Ponta do Algonã para “uma vez por semana” em algumas vias. Cobrou solução imediata para evitar reflexos graves na saúde.


Vereador com paralelo ao transporte coletivo (2014): comparou a crise do lixo ao colapso do transporte público no passado, alertando que os efeitos políticos e sociais podem ser ainda piores. Relatou falta de coleta há quase uma semana no bairro Agenor de Carvalho e sugeriu nota oficial da Câmara explicando que a Casa fez sua parte.

Outro relato em campo: descreveu cenário de lixo em condomínios e disse ter visto o próprio proprietário da empresa “andando atrás do caminhão”, o que, para ele, evidencia falta de capacidade técnica e gestão.

Zé Paroca: “Quero chorar sem lágrima.” Disse ter recebido mais de 300 mensagens de moradores cobrando solução. Defendeu que a Mesa Diretora publique nota à população, esclarecendo providências da Câmara, e relatou que o prefeito foi notificado à empresa. “O que precisamos é que funcione.”



Contexto e próximos passos

  • A Câmara já criou comissão de fiscalização e cobrou providências do Executivo.
  • Vereadores pedem: cronograma público de coleta por bairro e distrito; reforço imediato de frota e equipes; aplicação de penalidades contratuais; e, se persistir a inexecução, rescisão e nova contratação com plano de contingência.
  • A Prefeitura informou aos parlamentares que está notificando a empresa. Ainda não há cronograma detalhado apresentado em plenário.

Impactos na cidade

  • Aumento de vetores e mau cheiro em áreas residenciais, com destaque para bairros vulneráveis e distritos (São Carlos e Baixa Madeira).
  • Risco de descarte irregular, inclusive no Rio Madeira, com potencial dano ambiental.
  • Pressão sobre a rede de saúde por doenças associadas ao lixo acumulado.

O que a população deve observar

  • Avisos oficiais de rotas e horários de coleta.
  • Canais de denúncia para bairros sem atendimento.
  • Orientações de saúde para descarte temporário e prevenção de vetores.


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