"Além dos parlamentares, a apuração mira 34 assessores, a maioria deles nomeada nos gabinetes dos vereadores investigados"
A Polícia Civil investiga a existência de um suposto esquema de rachadinha entre vereadores e assessores. O inquérito foi instaurado pelo Setor de Combate aos Crimes de Corrupção, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
A investigação foi aberta na Câmara de Rio Preto - SP com base em denúncia anônima para a apuração de três possíveis crimes: peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os investigados são Anderson Branco (PL), Bruno Marinho (Patriota), Cláudia De Giuli (MDB), Celso Peixão (MDB), Francisco Júnior (DEM), Jorge Menezes (PSD), Julio Donizete (PSD), Odélio Chaves (Progressistas), Paulo Pauléra (Progressistas) e Rossini Diniz (PL). O secretário de Esportes, Fábio Marcondes, que é parlamentar licenciado, também está na lista.
Além dos vereadores, a apuração mira em 34 assessores, a maioria deles nomeada nos gabinetes dos vereadores investigados. Ainda há três casos de cargos em comissão na Prefeitura.
Foi apurado que a polícia avalia ingressar com medidas cautelares à Justiça. Entre elas, o pedido da quebra do sigilo bancários dos parlamentares e dos assessores e servidores mencionados na denúncia. Os vereadores negam irregularidades.
O processo foi distribuído na 4ª Vara Criminal e os eventuais pedidos serão analisados pela juíza Maria Letícia Pozzi Buassi. Na denúncia consta que o esquema de divisão de salários seria uma prática antiga no Legislativo.
Na denúncia consta que vereadores solicitariam uma parte dos seus respectivos salários a assessores ou aqueles que geralmente ocupam de cargos em comissão na Prefeitura. Os valores mencionados variam entre R$ 1 mil e R$ 800.
A Polícia Civil vai checar, por exemplo, se houve saques nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril deste ano. Nada impede, no entanto, que os extratos de meses e até legislaturas anteriores possam ser verificados durante a apuração do caso.
Em caso de condenação, as penas para os crimes citados variam de dois a 12 anos. A denúncia foi encaminhada para a Polícia Civil em julho.
FONTE: diário da região
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