Prévia da inflação de outubro subiu puxada por passagens aéreas — Foto: Mike Blake/REUTERS
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — subiu 0,21% em outubro, informou nesta quinta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma desaceleração de 0,14 ponto percentual em relação ao mês passado, quando o indicador avançou 0,35%. No entanto, os números vieram acima das projeções do mercado, que previa uma alta mais modesta de 0,17%.
Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,05%, acima dos 5,00% registrados no período imediatamente anterior. Já em 2023, até aqui, a prévia da inflação já avançou 3,96%.
Em outubro, sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram variação positiva. A maior alta veio, pela segunda vez consecutiva, do grupo de Transportes, que subiu 0,78% no mês. Dentro do grupo, o grande destaque fica com as passagens aéreas, que dispararam 23,75%.
Habitação e Saúde e cuidados pessoais também tiveram forte influência sobre o resultado da prévia da inflação, com altas de 0,26% e 0,28%, respectivamente.
Veja abaixo a variação dos grupos em outubro
- Alimentação e bebidas: -0,31%;
- Habitação: 0,26%;
- Artigos de residência: 0,05%;
- Vestuário: 0,33%;
- Transportes: 0,78%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,28%;
- Despesas pessoais: 0,31%;
- Educação: 0,07%;
- Comunicação: -0,29%.
Passagens e transporte por app em alta, mas combustíveis caem
O grupo de Transportes, pelo segundo mês, foi o que apresentou maior alta e maior peso sobre o IPCA-15. Neste mês, a principal contribuição para o avanço dos preços no grupo foram as passagens aéreas - que teve o maior impacto individual no índice em outubro, com 0,16 ponto percentual, segundo o IBGE.
Os transportes por aplicativo também apresentaram uma alta importante no mês, com variação positiva de 5,64% nos preços. Outro item que subiu foi emplacamento e licença de veículos, com alta de 1,64%.
Em contrapartida, os combustíveis - que, muitas vezes, são os vilões da inflação - apresentaram queda de 0,44% em outubro, segurando uma alta mais acentuada do IPCA-15. Os preços da gasolina (-0,56%), etanol (-0,27%) e gás veicular (-0,27%) caíram, enquanto óleo diesel foi o único a avançar, com alta de 1,55%.
Habitação e saúde também ficaram mais caros
Os preços do gás de botijão e do aluguel residencial contribuíram para que Habitação ficasse mais caro em outubro. Enquanto o botijão teve uma alta de 1,24%, o aluguel subiu, em média, 0,29%.
Por uma influência regional, a taxa de água e esgoto também avançou no mês. A alta foi de 0,27%, em razão de um reajuste nos preços em Salvador (BA), que ficaram 6,75% mais caros desde o fim de setembro.
A energia elétrica residencial, no entanto, teve queda de 0,07%.
*Matéria em atualização
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