18 escolas transformadas em abrigos também foram danificadas na cidade de Gaza.
Por Associated Press
Palestinos caminham pelos destroços de construções destruídas na cidade de Gaza em 10 de outubro de 2023 — Foto: Hassan Eslaiah/AP
Nove funcionários da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos foram mortos em ataques aéreos desde o início dos bombardeios israelenses em Gaza no sábado, disse a diretora de comunicações da agência para a Associated Press. Este é o quinto dia de conflito no Oriente Médio, que já deixou mais de 2 mil mortos.
“A proteção dos civis é fundamental, inclusive em tempos de conflito (...) Eles deveriam ser protegidos de acordo com as leis da guerra.”, falou Juliette Touma.
Touma disse que os ataques mataram funcionários da ONU dentro de suas casas.
Ela também informou que 18 escolas administradas pela agência que haviam sido transformadas em abrigos sofreram danos após os bombardeios e que a sede na cidade de Gaza foi danificada, sem causar vítimas.
Foto tirada em 11 de outubro de 2023 mostra edifícios destruídos pelos ataques aéreos israelenses no campo de refugiados palestinos de Jabalia, na cidade de Gaz — Foto: YAHYA HASSOUNA / AFP
Israel afirmou nesta quarta-feira (11) ter conseguido destruir um avançado sistema de defesa para detecção de aeronaves desenvolvido pelo Hamas. Com isso, o grupo terrorista deve enfrentar dificuldades para monitorar as atividades aéreas na Faixa de Gaza.
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As Forças de Defesa de Israel afirmaram ainda ter feitos novos bombardeios contra a Faixa de Gaza, destruindo alvos ligados ao Hamas, no entanto, autoridades locais alegam que diversos alvos civis também foram atingidos. Foram mais de 400 ataques nas últimas 24 horas, sendo ao menos 200 só nesta quarta.
Um dos ataques israelenses, segundo autoridades do Hamas, atingiu a casa da família de Mohammad Deif, um dos dois líderes militares do grupo terrorista. O bombardeio matou o pai e o irmão de Deif, além de outros dois parentes. O paradeiro de Deif segue desconhecido.
Ao todo, 2.255 pessoas morreram, segundo os dois lados. Dois brasileiros estão entre as vítimas: Bruna Valeanu e Ranani Glazer;
O que aconteceu até agora?
G1 Explica: o conflito violento entre Israel e Palestina que dura mais de 70 anos
▶️ Como foi o ataque? As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou 5 mil foguetes.
- Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país.
- Houve relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças), levados como reféns para Gaza.
▶️ Como foi a resposta de Israel? Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.
- "Estamos em guerra e vamos ganhar", disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque.
- "O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu."
- Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.
▶️ Quantas pessoas morreram? O balanço mais recente das autoridades locais indicava, na manhã desta terça-feira, que mais de 2.255 pessoas morreram. Mais de 1.200 foram em Israel. O Ministério da Saúde de Gaza informou ter registrado 1055 mortes de palestinos.
▶️ O que é e onde fica Faixa de Gaza? É o território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.
- Marcado por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um território de 360 km².
- Para se ter uma ideia desse tamanho em comparação com cidades brasileiras, o território é um pouco maior que o da cidade de Fortaleza (312,4 km²) e menor que o de Curitiba (434,8 km²).
- Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.
▶️ Qual é o histórico do conflito na região? A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes.
- Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.
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